O comportamento do consumidor mudou. Segundo estudo da consultoria Nielsen, a sustentabilidade é a terceira maior preocupação por parte dos consumidores no Brasil. São mais de sete milhões de domicílios que afirmam ter hábitos e atitudes sustentáveis. Outra pesquisa, divulgada pela Toluna, em parceria com a FGV (Fundação Getúlio Vargas), também assinala que 75% das pessoas mudaram de alguma forma os seus hábitos de consumo por uma postura mais cautelosa com o planeta.
É uma nova realidade – e a indústria de celulose está atenta a essa movimentação. Sustentabilidade é um conceito fundamental dentro do segmento, na busca por atender não só aos novos anseios do consumidor, mas também garantir a perenidade do próprio negócio, de forma a aliar progresso e preocupação ambiental.
Por dentro dos números
São nove milhões de hectares de árvores plantadas no Brasil – o que corresponde a 36% de toda a produção de papel e celulose no País. Processo produtivo que se notabiliza por uma matéria-prima renovável e sustentável. Desse total, são 7,4 milhões de hectares certificados na modalidade manejo florestal – que tem por finalidade garantir a sustentabilidade.
De acordo com a IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores), essa quantidade de árvores plantadas absorve 1,88 bilhão de toneladas de dióxido de carbono da atmosfera. O setor teve um faturamento de R$ 97,4 bilhões em 2019, ainda segundo a IBÁ – e essas cifras têm tido como um norte permanente a sustentabilidade.
Estratégia e cultura
O conceito passa a ser parte da estratégia da própria indústria, integra a gestão da cultura organizacional de uma empresa; redefine a maneira de pensar e de fazer negócios. A sustentabilidade torna-se um pilar do processo produtivo: tornar suas atividades cada vez mais sustentáveis ao minimizar ou compensar os impactos ambientais daquela companhia.
A implantação da sustentabilidade tem garantido uma evolução ainda maior ao setor, que nas últimas duas décadas reconheceu os próprios impactos ao meio ambiente e trabalhou no sentido de minimizá-los. Os investimentos passaram a ser pautados pelo uso eficiente e sustentável das terras, com a preservação de habitats naturais, intercalando o plantio para produção com as florestas nativas.
Também pode-se destacar a autogeração de energia como outra possibilidade que tem consolidado a vocação do setor para as práticas sustentáveis. As indústrias de celulose, por meio de tecnologia de ponta, podem ser autossuficientes na geração de energia – disponibilizando o excedente para comercialização, o que contribui para o consumo maior de energia renovável no Brasil.
As florestas sustentáveis acabam por ser de extrema importância não apenas para o futuro da indústria, mas de todo o planeta. Agem de maneira a interromper os avanços das mudanças climáticas, capazes de provocar cada vez mais condições meteorológicas extremas. Isso porque as árvores são áreas de diversidade ímpar, com impactos ambientais e econômicos notórios – fornecem alimentos e matérias-primas renováveis que ajudam os pequenos produtores. Programas de fomento beneficiaram cerca de 6,9 milhões de pessoas apenas em 2019.
Consumo sustentável
Entre as principais preocupações do consumidor na busca por hábitos mais sustentáveis está a diminuição do uso do plástico. Existe uma consciência de que o material que serve como matéria-prima de canudos e copos precisa ocupar menos espaço no planeta – dada a alta durabilidade (pode demorar até 400 anos para se decompor).
Os produtos livres de plástico são citadas por 57,74% dos consumidores como uma das maneiras de uma empresa ou marca ser sustentável. Uma realidade que pede a adoção de embalagens recicláveis, onde o papel volta a ocupar, uma vez mais, posição de destaque. Principalmente nos tempos atuais, marcados pelo uso crescente do e-commerce, um novo estilo de negócio que quer diferenciar-se também na preocupação constante com a sustentabilidade.
Um futuro cada vez mais sustentável – e ao qual o papel pode ter função fundamental para tornar-se realidade.
Embalagens sustentáveis
Três diferenciais
- Ajuda o meio ambiente
- Contribuição com a sociedade
- Fortalecimento da marca da empresa